Mesmo em meio à crise pandêmica, Brasil supera Estados Unidos e reassume topo da produção mundial de soja na safra 2019/2020
O agronegócio da soja é fundamental para a economia do nosso país e, com toda essa movimentação, muitas cidades prosperaram desde sua ascensão no fim dos anos 70.
Responsável por empregar milhões de brasileiros, o grão acelerou o uso de tecnologias no campo, expandiu nossas fronteiras, revolucionou o sistema de transportes e movimentou US$ 60 bilhões por ano.
Os Estados Unidos da América (EUA) e Brasil são os maiores produtores de oleaginosas do planeta e, por isso, os dois países se alternam no topo de produção do grão mundial. Neste ano de 2020, a previsão é que os brasileiros retomem a liderança com uma colheita recorde de 122,4 milhões de toneladas.
A quantidade é 2,2% maior do que em 2019, como demonstra recente pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Crescimento das exportações nos últimos 3 anos
O poder econômico dessa plantação favorece não apenas os brasileiros. As exportações representam grande parte do destino dos grãos. Para ter uma ideia da grandiosidade do mercado, somente no ano de 2019, o país lucrou US$ 35 bilhões ao destinar 97 milhões de toneladas do “complexo soja”, que inclui grão, farelo e óleo, para o comércio exterior.
No ano de 2018 os resultados foram ainda melhores, atingindo o recorde de US$ 40 bilhões, somando 102 milhões de toneladas produzidas. O resultado expressivo fez com que naquele ano o Brasil ultrapassasse os EUA, alcançando o primeiro lugar no ranking de maior produtividade.
Em 2017 os resultados, comparados com os dois últimos anos, foram menos numerosos, porém satisfatórios. No total, de janeiro a dezembro, foram 83 milhões de toneladas equivalentes a US$ 31 bilhões.
Para onde vai a soja brasileira?
De todo esse montante produzido anualmente, a China é a maior compradora. Nos últimos anos os chineses adquiriram, em média, 60% da soja do Brasil, aproximadamente 60 milhões de toneladas.
Outros países como Espanha, Indonésia, Turquia, Alemanha, Irã, Tailândia, Vietnã, França e Coreia do Sul, juntos, são responsáveis pela distribuição de uma parcela de 24%. Para uso interno restam uma média de 16% do produto.
Mas, afinal, o que há de tão vantajoso nesse grão?
Por que o Brasil investe tanto no plantio de soja?
Como pudemos perceber, demanda é o que não falta. Mas como toda essa soja é consumida?
A partir desse questionamento é possível afirmar que o maior diferencial do produto está na diversidade. Sendo assim, quando analisamos o panorama da plantação da soja no Brasil, vislumbramos as diversas possibilidades de atuação do produto e o quanto tende a crescer.
Portanto, é preciso reforçar a importância dessa oleaginosa na alimentação de animais, visto que o grão tem alta utilidade na produção de ração de gado, frangos e suínos.
Para nós ela pode se apresentar indiretamente, ao servir de alimento para animais dos quais nos alimentamos, ou diretamente, em produtos como molho shoyu, óleo de cozinha, biscoitos, manteigas, leite e a própria proteína de soja, além de serem frequentemente utilizados por indivíduos adeptos ao veganismo, por exemplo.
E para que tudo isso chegue até nossas casas: combustível. Sim, a soja é matéria-prima do biodiesel, o biocombustível com menos agentes poluidores e que tende a substituir o diesel muito em breve.
Por último, mas não menos importante, a soja tem intensa utilidade no setor de pesquisas, primeiramente, por se tratar de um alimento nutritivo e antioxidante.
Qual estado despontou este ano?
O ano de 2020 está sendo promissor para o agronegócio e, ainda assim, poderia estar sendo melhor, não fosse problemas meteorológicos. Um dos estados que mais foram afetados pelo clima seco e, consequentemente, viu seu plantio reduzir o nível de produtividade, foi o Rio Grande do Sul.
No entanto, o que gera desvantagens para alguns, beneficia outros. Na agricultura não é diferente. O estado de Goiás ultrapassou as expectativas e alcançou a terceira colocação no ranking de cultivo do grão.
Em todo país, são mais de 37 milhões de hectares plantados de soja. Mato Grosso segue na liderança há alguns anos e, em 2020, atingirá 34 milhões de toneladas de oleaginosa em seus solos. Em seguida, o Paraná alcança com 20 milhões. E, como mencionado, Rio Grande do Sul teve seu plantio reduzido para 10,456 milhões de toneladas, sendo ultrapassado por Goiás, com 12,46 milhões de toneladas.
Expectativas para 2021
Em crescente desenvolvimento no Brasil, as expectativas para o manejo de soja em 2021 são otimistas.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a expectativa é que em 2021 o Brasil bata um novo recorde, atingindo 135 milhões de toneladas da oleaginosa. Esse aumento gira em torno de 7,3% quando comparado com o ano de 2020 e é uma excelente notícia para o não apenas para o produtor rural, mas também para o nosso país que se beneficia desse ciclo produtivo.
Diante dessas informações, é possível perceber que o panorama da soja brasileira é motivador para o agronegócio, que eleva ainda mais seu patamar e atinge resultados recordes.
Fonte do artigo: https://www.agro.bayer.com.br/mundo-agro/agropedia/panorama-plantacao-soja-brasil
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